Espaço destinado ao Presidente da APROGEO/SC que aqui irá expor o seu ponto de vista sobre os principais tópicos mais abordados sobre os Geógrafos e seus interesses, no estado de Santa Catarina, no Brasil e no Mundo.
Tudo que fazemos com dedicação à Geografia de Santa Catarina é conhecida e estruturada por Geógrafos de todo o Brasil. Nossa situação atual nos permite o reconhecimento das pessoas que passaram por todo esse processo de contrução da Associação Profissional de Geógrafos de Santa Catarina (APROGEO/SC) que passou por uma trajetória pouco conhecida mas que há 10 anos já somava esforços e conquistas para a categoria e em 2009 tornou-se realidade. Nosso empenho associativo está diretamente interligado com as necessidades dos Geógrafos Bacharéis perante a sociedade civil, tomando por critérios os amparos legais da profissão tanto quando falamos em Constituiçõa Federal Brasileira, como quando falamos em Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), em que nossa categoria se enquadra pela modalidade Engenharia. Outro ponto desconhecido pelos profissionais geógrafos que na sua essência era designado Engenheiro Geógrafo e que aqui em Santa Catarina, o Instituto Politécnico de Florianópolis formava o profissional habilitado para as áreas de bacharel em geografia e somado a uma extensão de carga horária, passava a atribuir-se também da Agrimensura. Fato pelo qual explica o porque de estarmos no CREA/SC, integrados à Câmara da Agrimensura.
Sobre a Câmara da Agrimensura, câmara técnica no qual nos permite participação através de conselheiros, é que falaremos a seguir.
Marcos Piovezan
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Como já é de costume a democratização dos espaços nesta associação, postarei a seguir alguns e-mails que foram enviados para a LISTADAGEOGRAFIA, espaço de discussão entre profissionais, pelo fato de serem julgados por mim como de importante relevância para todos interessados. As mensagens aqui postadas são públicas e por serem também consideradas de livre expressão, economizarei nos comentários. Começo então pelas palavras de Marcelo Acha (APGERJ - Associação Profissional de Geógrafos do Estado do Rio de Janeiro) falando sobre o "Dia do Geógrafo", hoje.
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Como já é de costume a democratização dos espaços nesta associação, postarei a seguir alguns e-mails que foram enviados para a LISTADAGEOGRAFIA, espaço de discussão entre profissionais, pelo fato de serem julgados por mim como de importante relevância para todos interessados. As mensagens aqui postadas são públicas e por serem também consideradas de livre expressão, economizarei nos comentários. Começo então pelas palavras de Marcelo Acha (APGERJ - Associação Profissional de Geógrafos do Estado do Rio de Janeiro) falando sobre o "Dia do Geógrafo", hoje.
"Mais uma vez comemoraremos o Dia do Geógrafo, na semana que vem. A data foi escolhida em função da instituição do Instituto Brasileiro de Estatística em 29 de maio de 1936. Nascido INE, somente no ano seguinte, com a criação do Conselho Brasileiro de Geografia, ao INE incorporado, surgiu o IBGE tal como conhecemos. Devido a esse histórico, dividimos nosso dia nacional com os estatísticos.
Entretanto, a cada ano percebo que cada vez mais comemoramos o “dia da ciência”, e não do profissional. Nas universidades, as atividades em comemoração ao Dia do Geógrafo são variadas: palestras, minicursos, seminários, mesas-redondas, filmes, debates, shows, manifestações. São convidados professores renomados, representantes de movimentos sindicais, artistas... mas o principal convidado, o “aniversariante do dia” é barrado na festa. Quantos geógrafos são chamados a proferir palestras, ministrar minicursos ou participar de debates no Dia do Geógrafo nas diversas IES ao redor do país?
Quantos são os geógrafos convidados nesta ou em outras ocasiões para falar para estudantes de Bacharelado em Geografia sobre a importância do profissional, sobre as dificuldades da carreira, sobre as perspectivas de mercado? Quantos são os estudantes que têm consciência do que lhes espera depois que o diploma for entregue, ou quando tiverem que buscar uma seção do CREA para que possam obter registro?
A maioria dos alunos desconhece essa realidade por culpa da universidade, que não lhe diz que seu curso de graduação é medíocre e que, por causa disso, não conseguirá atribuições profissionais perante o órgão regulador de sua profissão para que possa lutar em condições de igualdade com outros profissionais por uma vaga no mercado de trabalho. Ou, pior ainda, há casos em que a instituição não lhe diz que, por motivos obscuros, não está cadastrada no Sistema CONFEA/CREA e, por isso, após 4 ou mais anos de estudo – por vezes pagos – o egresso não terá direito ao seu registro profissional, sendo obrigado a recorrer à justiça contra a própria instituição que o formou.
Talvez seja por isso que os geógrafos não são convidados para irem à universidade para participar das atividades em comemoração ao Dia do Geógrafo. Sua presença poderá expor, de forma vexatória, as entranhas do nosso modelo educacional que tenta, com todas as suas forças, extinguir a profissão de Geógrafo no país."
Geógrafo Marcelo Acha (APGERJ - Associação Profissional de Geógrafos do Estado do Rio de Janeiro)
(Enviado no dia 22 de maio de 2012).